segunda-feira, março 26, 2018

Estado do coração




por Rafael Belo

Eu olho para o mundo e o mundo me olha de volta. Não há um abismo entre nós, não há ódio nem rancor. Nem sei se há desperdício. Esta questão da dependência também... Assim, não depende apenas da forma que olhamos, não é?! Este tal de copo meio cheio ou meio vazio... Parece mais uma negação do equilíbrio das coisas, mas há tantos tipos de poder com o mesmo objetivo nesta politicagem onde somos protagonistas... Enfim, esta divagação é porque toda forma de poder também pode ser levada a uma interpretação de amor e ódio, sabe? “Eu presto atenção ao que eles dizem, mas eles não dizem nada”... Nós andamos assim, vazios. Achando semelhanças entre ódio e amor quando nem opostos são.

O oposto de amor é o desamor e do ódio, a simpatia. É fácil sentir ódio de alguém, de alguma coisa… Basta darmos a importância que não tem. Formularmos culpas e desculpas. Eu vejo o amor como algo transcendental, sem necessidade de motivos, prisões, retorno, cobranças…  É a extrema liberdade com o a mais de nos fazer feliz pelo outro. Nos faz sentir extremamente bem em relação a tudo independente de sermos motivo do bem-estar da pessoa amada. Infelizmente, eu não vejo nem percebo este sentimento encarnado por aí. Já desamor tem de sobra. A ausência de afeto e a total indiferença ao próximo ou até, a ação disfarçada de atenção e afeto movida apenas por interesses pessoais.

Assim, parece uma antiga conspiração para nos fazer desacreditar no amor, na esperança, no outro e no afeto gratuito. Já o ódio é disseminado e plantado com muita discórdia por toda parte. Distorce o melhor em pior. É um óculos negativo nos fazendo enxergar o que queremos e o que não está lá. Para tentar justificar este veneno nos adoecendo aos poucos e matando aos montes. Estamos sendo enganados e convertidos a um isolamento ao mesmo tempo agrupados com pessoas pensando da mesma forma. Pensamentos iguais somam de que forma além de um massagem no ego coletiva?

Aquele balançar de cabeça do rebanho tilintando o posicionamento de ideia fixo e a geolocalização constante para lançarmos as justificativas injustificáveis com aa frases de efeito: eu amo porque ou eu odeio porque...  E no fim acabamos não dizendo nada só procurando motivação para amar ou odiar. Eu penso que não fomos enganados como gostamos de pensar e dizer. Apenas não ouvimos nosso coração, nós nos enganamos. Peça desculpas a si mesmo, se perdoe, acredite ainda haver todas as possibilidades do mundo para quem sabe ainda descobrirmos o que é o amor… Aliás, como está seu coração?

Nenhum comentário: