quinta-feira, julho 17, 2014

sem foco







abaixo da terra, abria a janela
para a imagem desolada pintada no espelho
a um toque, a um dobrar dos joelhos
o rasgar da razão a luz de uma vela

reflexos e movimentos anulados pelo cerebelo
destruindo o equilíbrio da tela
confundido todo o não escrito enredo
enfiando o cotidiano atravessado na goela

pequena flor gela toda a delicadeza em recorte
da falsa morte revela medo e desfoque.


(às 23h12, quarta-feira, 16 de julho de 2014, Rafael Belo)

Nenhum comentário: