quinta-feira, julho 10, 2014

Semblante













olhos vidrados no tempo virado na cadeira
corpo torcido nunca ereto ao estar constantemente sentado
coluna retorcida sem se equilibrar a um palmo da fronteira
imagens clonadas, palavras repetidas em bocados

morte e vida equilibradas por um distúrbio
absurdos marcados no interno subúrbio

enterrado na nossa superfície mais rasa
no desequilíbrio confundindo trabalho e casa

enrijecida no cadavérico estado ambulante
antes e depois são agora, o pó aviltante de recuos adiante.


(Às 23h13, Rafael Belo, quarta-feira, 09 de julho de 2014)

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