segunda-feira, julho 28, 2014

Vamos brilhar, por favor – por Rafael Belo





Você já parou simplesmente para parar? Assim sem motivo, razão, circunstância, apenas para perceber o tamanho imensurável de coisas pequenas e o quanto é ínfimo coisas imensas? Depositar um olhar do avesso daquele seu cotidiano, permitir ver pela visão de outro ser humano, mudar os planos?

É como olhar as estrelas da cidade iluminada e ver um ou outra em destaque, mas saber com certeza da existência de muito mais. Há uma longevidade muito distante do imediatismo imposto por nós mesmos hoje por convicção ou pelo constante comportamento de manada. Somos tantos e só vamos longe quando não sozinhos e quando aprendemos a conviver.

Não é tolerar, aceitar e sim conviver. Tratar o outro como igual. Tolerar é algo que fazemos para manter as aparências. É hipócrita. Aceitar? Como em eu aceito você como amigo ou eu aceito quem você é? Acredito que apesar de julgados o tempo todo não vivemos em um tribunal e se quiser ter um amanhã melhor que hoje precisamos da convivência.


Convivência e brilhar junto com aquelas estrelas que se destacam mesmo com tanta luz da cidade. Viveremos mais se trabalhar a ansiedade e descobrirmos a melhor maneira de nos tratarmos nos dois sentidos. Como nos dirigirmos uns aos outros e a nós mesmos. Afinal, viver contrariado e contrariando é apagar a estrela brilhando em nós mesmos. Vamos brilhar, por favor.

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