por Rafael Belo
Não há espaço para
pedestres e nem para veículos. Mesmo assim seguimos em direção à
individualização dos transportes. Não é evolução cada uma ter um ou mais carros
próprios é retrocesso. Estamos no caminho inverso e caminhar passa cada vez
mais a ser um risco. Tudo está parado e ao invés de pensar no fluxo, de
planejar o próximo passo... Estuda-se a facilidade das pessoas comprarem mais
carros e motos.
Para pensar no
futuro, no presente precisamos diminuir a quantidade de carro/dia nas ruas. É
fundamental melhorar a qualidade do transporte público. Metrôs, trens, ônibus,
aliás, nossa malha ferroviária já foi até satisfatória e agora... Bem se não
fosse à escassez poderíamos citar a hidroviárias, mas é melhor não... Vamos
pensar na poluição sonora. Nas incontáveis vezes em que as agudas buzinas dos
motociclistas e motoqueiros pedem passagem.
Também no buzinaço
promovido da inutilidade e impaciência iniciada sempre por um e então tudo se
transforma e um coro infernal. O som da cidade é uma mistura constante de
buzinas, freadas, acelerações e batidas... Os pedestres estão sempre se virando
e sempre nos esquecemos que os somos também quando não armados de um veículo
qualquer.
Imagine Londres ou
Nova York, cidades também intensamente populosas, mas o transporte coletivo
funciona e olha só até os representantes do povo inglês e norte-americano
utilizam tal condução pela agilidade e qualidade. Se abolíssemos os ônibus e
investíssemos o dinheiro, de cada nova frota parada no semáforo, em uma nova
linha férrea ou metroviária teríamos qualidade de sono, de alimentação, de
tempo e, portanto de vida, ainda mais na era da insignificância onde nossa
festa é chegar, “não importa” o caminho.
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