terça-feira, abril 28, 2015

interiores


manhã noturna retarda revigorosamente restos de ontem
sombrios olhos do horizonte
roxo branqueado azulando cinzento celeste
chovem invisíveis mãos juntas em prece

prestes a raiar rigorosos refúgios nascem outras horas
preste atenção aos ralados joelhos da devoção empenhora
empreste as alterações às sombras encare as nuvens

passageiras de passagem nas passagens estrangeiras
estrangeiro bloqueando os mensageiros que surgem

no amanhecer paciente ausente de nós e mesmo assim aqui dentro.


(às 07h05, terça-feira, Rafael Belo, 28 de abril de 2015). 

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