quinta-feira, abril 30, 2015

círculos esquecidos


amanheceram sombras e se conheceram
imitações de contornos tremulantes
paradas forçadas a balançar ao vento prenderam
seus olhares zumbis delirantes

esperam cambaleantes chegar ao que esqueceram
suas formas tão tão distantes são invisíveis ao pegar

todos os vazios possíveis prosperam pragas pelo ar

os Amores impossíveis não existem se formos parar para pensar
conteúdos indizíveis são nuvens no sol da imaginação

sem querer amanheceu em todas nossas esquizofrênicas multidões
somos os dias esquecidos dos sonhos [ciclos da maturação].


(às 06h56, Rafael Belo, 29 de abril de 2015, quarta-feira).

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