quinta-feira, abril 16, 2015

No canto da reflexão


No canto do espelho uma bota no rosto e depois um joelho
para virar cara na próxima situação
objeto que reflete mostra a ditadura da representação

há tantos pedaços aparentes a insistir não sermos inteiros
nos tornando dependentes de uma busca sem razão
quanta aparência esconde o autorretrato da manipulação?

a mente projeta nossa imagem mas basta um banho ligeiro
para o chuveiro nos conter na falta de imaginação
flexiona os joelhos se perde nos espelho reflexão

sabe só seu passarinho sair do ninho sozinho sem superfície reflexiva na flexão de estar todo ali flexível de olho na imensidão.


(às 06h38, Rafael Belo, quarta-feira, 15 de abril de 2015)

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