por Rafael
Belo
Meu coração está espalhado por esta floresta cinza de pedra. Partido
em tantas pequenas partes, algumas limpas, outras com musgo e ainda aquelas tão
vermelhas que penso ser de Marte. Talvez se a terra continuar a ser assassinada
por nós diariamente ela também seja Marte, aí volto a ficar em dúvida de onde
vim e o que fiz e por que eu? Não devia ter deixado meu coração partido se
espalhar pelo caminho... Não vou voltar pela trilha, não sou Maria... Bem pelo
menos não a do João. Mas, eles também tiveram o coração partido quando foram abandonados...
Ando muito perdida, mas quem é um achado o tempo todo? Ninguém,
né?! Não me deixe insegura sem uma resposta imediata. Talvez eu seja mais
abstrata a física, sabe? Sou de palavas, de intenções, de observações, de
detalhes... Uma brutalidade de leve sem deixar roxo é uma pegada ideal, mas
foram estes seres idealizados responsáveis pelo meu coração quebrado. Eu dou
sinais, mas às vezes cai a conexão e nem eu entendo mais o (mau/bem?) feito porque
se não for exatamente como eu quero...
Eu parto, me parto, te parto... Conjugo todo o verbo sem parir
nada de verdade além de insistir em repetir meu coração partido. Talvez, sim
ele tenha partido para não voltar. Mas, esta ausência dele batido, espancado
ainda me apanha de surpresa. Será? Será ainda possível eu voltar pela trilha
onde eu o espalhei para não me perder e, mesmo assim, não me perder mais? Você
sabe da dor. Ela sabe! Ele Sabe! Todo mundo sabe! Mas, mesmo assim depois de
todo remendado o partimos no mesmo lugar.
Sei lá. Não tenho este tempo para ficar sozinha. Vou entregando
meu coração para qualquer um sim. Ah, não sou mulher de enrolar, mas eu vou
aprender a selecionar melhor este qualquer um... Ah, se vou. Vou no rolê ganho
atenção e já quero partir meu coração. Não consigo evitar. Assim, eu me divirto
pouco e só falo do crush e.... Me perdi né?! Queria falar desta maldita
floresta de pedra onde agora estou perdida e saber se você tem ideia de onde
estão as partes do meu coração partido, mas agora é tarde já tenho sofrido de
novo e meu coração parece meu fígado... Ei! Neném! Sabe como faço pra chegar a
Marte?
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