estão espalhadas as acesas luzes pela cidade entristecidamente
cinza
meu coração partido tem uma parte em cada uma delas e por aí se
pinta
não há tinta suficiente para as lágrimas efervescentes transbordando
desmoronando sem aviso prévio todos os sinais demitidos nas cores
agressivas do tédio
no alto do meu prédio sou edifício no específico não morrer enquanto
não acredito
sou nocivo a mim mesmo em todo grito e inquisição do meu coração
o suicídio da minha razão é diário na maldita floresta deste Japão
em mim
desflorestei em algum momento e agora sou um deserto se espalhando
desnacionalizando qualquer sentido de identidade vagando sem fim
coletivo eu no tempo contínuo simultâneo buscando curativos separando
quem somos de todos os demônios criados por nós.
+ às 11h26,
Rafael Belo, terça-feira, 19 de setembro de 2017 +
Nenhum comentário:
Postar um comentário