por Rafael Belo
Tinha uma lágrima em meus olhos,
então eu desfoquei. O Mundo se desdobrava atrás de mim. Abri o planeta com
minha mente, meus dentes e minha força. Eu chamada de louca, a maluca das mil
coisas... Ria deles. O mundo é meu. Vejo tudo de perto, vou lá e me entrego. Já
sofri como uma insana, é verdade. Mas, hoje vejo reciprocidade. Aprendi com
tantas verdades e relatividade a ponto da minha flexibilidade deixar maleável
meu esqueleto. Não sou uma ratinha, talvez uma gatinha capaz de ver tudo dentro
do próprio olhar.
Ah, meu coração faz de tudo para
se ouvir. Vai lá, conversa com a intuição, me dá um batidão e – antes não –
agora entendo. Ele é minha razão destes meus descalços pés no chão, está vendo?
Sou plena e poderosa. Fragilidade é o *&¨%$#. Desculpe. Tem coisa que só me
empolga e outras me tiram do sério na hora e não tenho critério, ou seria
filtro, para o que chega e salta da boca. Já disseram eu ser louca, mas sou só
sincericida.
Ao meu redor só quem eu quero. Não
pensam igual a mim e nem espero. Ai de mim vestir este padrão de quando eu só
olhava para frente e vivia aos tropeções e consequentes quedas sem razão. Agora
quando eu caio mal me machuco porque já estou preparada com todas as quedas tumultuadas
já caídas me deixando no chão como uma armação de sombrinha na chuva forte de
vento... Só estou dizendo! Ai de mim? Quem usa isso hoje em dia? As pessoas
esvaziam as palavras, usam as pessoas, adoram as coisas, mas...
Não! Não olho mais para trás nem
adiante. Só vejo os meus arredores e tudo perto. Distante só existe enquanto a
gente não está lá... Minha filosofia de bar. Se você está adiante me traz o
tempo perdido neste espaço daqui para o que ainda não houve, neste abismo
criado sem nem saber o que foi tirado nesta escavação. O rolê de hoje é
aproveitar os amigos, esta proximidade abrigo de valorizar a presença... Estou
aqui na conveniência esperando o expediente mais inteligente começar. Sabe qual
é? Sempre estar e tocar.
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