por Rafael
Belo
Viajar! Não
consigo enxergar maior liberdade! Sair do meu mundinho com vista para o
infinito e ir ao infinito. Ter todas as sensações parecidas a dos livros, viver
as próprias aventuras, criar memórias tão íntimas e particulares a ponto de ter
gosto, aroma, as carícias do lugar na pele e aquele impacto visual único com a
sonoridade muito além de qualquer cinema. Não seria eu se não fossem tantas
mudanças, tantas cidades, tantas viagens... É um sabor de alegria derretendo na
boca como aquele doce favorito. Digo talvez, talvez eu não acredite tanto na
vida de quem nunca saiu do lugar.
Perdoe-me
por este pensamento, às vezes, seu lugar tem muita emoção, incontáveis
histórias e uma rotatividade de pessoas como um carro com motorista, estações
de trem, de metrô, motéis, hotéis, hostéis, quaisquer hospedagens, rodoviárias,
rodovias, pedágios, aeroportos, praias... Enfim, algo nada estático mesmo se
tratando de cidades. Tenho vontade de viralizar, de me espalhar por todo parte
e ter minha própria onipresença.
Sabe, de
certa forma quem viaja tem o impossível dom da onipresença. Nem precisa fechar
os olhos, basta lembrar. Não é uma bolha inflada capaz de continuar inflando
nem esta tal pós-verdade do mundo da fitagem. Entende? Este pessoal colando em
quem tem posses materiais e “esbanja” com marcações nas mídias digitais, fotos
e checkin, enfim. são os fitinhas. Não adianta fitação em viagens, é puro
viajar no pior sentido da palavra. Porque viajar é uma desconexão e ao mesmo
tempo uma conexão consigo mesmo estando em uma descoberta própria e local.
Aí vem a
pergunta: qual o motivo de nos matarmos tanto diariamente no trabalho se não
utilizarmos os frutos para benefício pessoal? Para sei lá… obter mais coisas?
Fazer o que quiser com o dinheiro? Pagar
contas? Alimentar-se? Viajar? Não estou viajando, mas gostaria… Minha vontade é
sair viajando e não parar mais. Eu penso que a gente tem que sair de onde está,
se movimentar, espairecer, conhecer, dar um upgrade na mente, desestressar…
Podem acontecer problemas como tudo na vida que podemos listar como histórias
para contar ou permitir um ganho de proporções desnecessárias para o problema e,
literalmente, perder a viagem Há uma grandeza neste conteúdo crescendo em nós e
a aprendizagem vem com um rede de amigos físicas não virtuais. Vamos nos
deslocar? Ser mais? Que tal colocar uma mochila pequena nas costas e explorar a
vida ao invés de ser explorado por ela? Se assim fizermos poderemos viver
várias vidas na mesma existência, fora a experiência e acabar com a ideia de
que só se vive uma vez.
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