Folhas secas pelo
chão, árvores e verde por toda a extensão do olhar e um belo sol se pondo. Simplesmente
caminhando em família pelo fim de tarde de um domingo. É o verde urbano de uma
cidade, às vezes cinza. Mas com até flores rosas crescendo sobre o telhado. Áreas
de escapes que ainda não aprendemos a preservar e vamos avançando na reserva
florestal, nas áreas de proteção ambiental. Silenciosamente reduzindo nosso
próprio ar.
Do outro lado a
aglomeração ao redor do canteiro verde da avenida, envolta do parque e o
congestionamento. Até no primeiro dia da semana os carros se engarrafam com
seus folgados donos ao volante, conversando, fazendo careta para quem não quer
se aliar ao excesso, a infração impune punindo àqueles com vontade de apenas
passar e não adiantar o excesso do dia seguinte.
Lentidão também faz
bem e rir quando deveríamos nos estressar, melhor ainda. Mas deixar tudo para
lá acaba nos prejudicando, diminuindo as importâncias da vida porque é possível
falar de um erro sem se alterar, buzinar, estragar seu passeio pela folga do
outro. A falta de noção e o desrespeito ao próximo são evidentes quando o
egoísmo e a arrogância fazem parte da negação.
Nos punimos negando nossos erros
e com som alto mesclando estilos musicais e falta de conversa, talvez pela
falta de audição ou vontade de se misturar, nos aglomerando na falta de espaço,
no desfile lento de uma confusão de identidade pela contradição da cidade
Capital tão interiorana ditando preceitos de outras décadas aplicando
preconceitos silenciosamente usando os escapes nas áreas erradas.
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