No meio de tanta
gente, uns silenciosos e outros escondidos atrás do humor, quantos bons e
tantos mal-humorados estão atrás de dúbias palavras, à frente de facas de dois
gumes, no intuito de testar intenções? Para bom observador um fragmento de
qualquer suspiro basta, mas os olhos estão infectados do vírus da vontade, à
vontade para desfilar pelado nos meios sorrisos, nos risos maquiados naquelas fotos
postadas a espera de muitas curtidas ou quem sabe um bom comentário.
Ao se expor a
desconhecidos e aos amigos veste-se um brilho arrumado para poder ser bem
quisto, para relaxar as rugas da preocupação de envelhecer e ser rejeitado,
para estas alisarem um pouco. O ser humano aprendeu que ser aplaudido, curtido,
compartilhado, comentado, posto no centro do holofote é o sentido da vida vazia
como uma droga viciante a base do despertar da cafeína, de uma acordar relativo
para assimilar o dia de trabalho.
Onde a disputa para
revelar e esconder continua a exaurir um pouco do que resta de sinceridade na
dúvida de expressar este pouco jogando no limite das regras do jogo do dia ou
sacar o smartphone e contar naquele chato grupo falante do wattsapp vibrando,
tocando o tempo todo. Os duplos sentidos ficam sempre no ar e naquilo que nem
sequer foi dito porque o motivo de haver uma razão pode simplesmente a exatidão
de não tê-la.
Por isso, nos
fazemos de adultos com a partes birrentas e carentes das crianças (que nunca
deixamos de ser) querendo sempre continuar a brincar de esconde-esconde e de
siga o mestre, depois utilizando o humor para dizer sem falar nossos
pensamentos e sentimentos reais para, caso incomode, possamos recuar dentro da
zona de conforto e dizer “era brincadeira”, ao invés de continuar a ser
covardia. Covardia de quem fala sem necessidade e de quem ignora o capuz e
aceita a piada. Mas qual é a graça poder rir de tudo e não conseguir ri de si
mesmo...?
Nenhum comentário:
Postar um comentário