O dia tinha chegado
ao fim. O pequeno continuava ansioso com o sol se pondo, com as capivaras, com
os patos, outros pássaros, com o lugar, com tanta gente, mas poderiam ficar
mais não é?! Era fim de semana e ninguém iria trabalhar. Não iam enganar ele. Ele
já tinha idade suficiente... Mas, mesmo assim ele estava feliz com suas três mulheres
magras e preferia não dizer nada sobre peso. Já viu o que provocava o assunto quando
meninos mais velhos falavam...
Melhor nem lembrar. Sua
vozinha, sua mãe e sua irmã estavam obcecadas em emagrecer e serem “saudáveis”.
Seja lá o significado da palavra para elas. Por isso, pensava satisfeito em ser
adulado pelas três. Ainda não entendia porque o pai não quis ir... - Ainda não
entendo como as pessoas não veem nada das belezas por aqui. São tantos sons,
tanta gente, tantos brinquedos naturais, tantos animais...
Mas, Uriel, Uri para
os íntimos, preferia não contrariá-las já sabia que era aquele dia de mais
confusão e gritaria quando ele estava longe, sorrisos falsos e desculpas forçadas
quando estava perto... Parecia acontecer todo mês com as três, mas ele não
queria saber destas coisas de meninas, queria conhecer mais gente da idade
dele. Os mais velhos tinham a – qual a palavra mesmo? – Ah... detestável mania
de apertar suas bochechas e bagunçar seu cabelo. Então, Uri lembrou de algo:
- Mãe? Por quê tem tanta
gente sozinha aqui? A gente não pode ficar amigo destas pessoas, elas parecem
tão legais? É tão chato andar de bicicleta sozinho e (promete não ficar brava?)
vocês não estão nem de bicicleta e nem tem a mesma idade que eu... Hummm...
Também ficam super nervosas quando se distraem e me perdem de vista... Olha lá
aquela menina sozinha empurrando a bicicleta (foi na direção dela) – oi? Qual é
o seu nome? E o dia não terminou.
Um comentário:
Muito bom...
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