terça-feira, setembro 23, 2014

prevendo


 um humor condensado no tempo
seguindo as loucas estações flutuantes do sentimento
começando a chacoalhar as árvores e então vento
vendo o cata-vento girar e parar corroendo
o pensar sofrendo com um sei lá malquerendo bem-querendo

lendo páginas vazias enquanto chovem gargalhadas ao relento
sorrindo forçadas pelo contratempo do roer revertendo
se desfazendo ao refazer o sustento

sabendo tão pouco quanto cabendo no riso contendo
um átomo indeciso mantendo Big Bangs e prevendo.


(ÀS 18h06, Rafael Belo, segunda-feira, 22 de setembro de 2014)

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