A natureza convive
com a gente naturalmente, mas não respeitamos seus limites. Ela está próxima,
mas nunca o suficiente. Precisamos tocar, assustar, debandar para registrar em
busca de comentários e curtidas. Invadimos o ambiente deles, mas não basta. Os animais
se protegem e observam sem medo pessoas correndo ao seu redor em bicicletas,
patins, skates, a pé mesmo... É um sábado se pondo.
Há crianças por toda
parte brincando, correndo longe dos celulares e da web. As famílias, mesmo com
a necessidade de fotografar e compartilhar, estão juntas ao som da natureza.
Enquanto isso, as capivaras estão longe das moitas confraternizando. Protegem os
seus ingerindo a grama e ao contrário dos seus pequenos irmãos, ninguém quer se
afastar – pelo contrário.
Este grande roedor,
aliás, o maior roedor do mundo, se reproduz até duas vezes por ano de onde
podem sair oito novas capivarinhas. O macho e seu harém de seis fêmeas chegam a
ser uma família de quase 48 animais. Elas deveriam dormir de manhã à sombra,
nadar à tarde e se alimentar à noite. Mas, no meio urbano seus hábitos vão da
vontade delas. Elas nadam à noite, dormem quando querem e comem quando desejam.
Costumamos vê-las em
manadas e andando lentamente, porém, elas também estão por aí sozinhas e são
rápidas nas águas. Já foram animais domésticos em tempos imemoriáveis de tribos
indígenas que foram quem as nomearam “comedoras de capim”, vulgo capivara. Sentadas
nos observando talvez pensem que somos nós os invasores, os maiores roedores do
planeta.
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