sem som somente solidões e solicitações de amizade
piscam na tela do celular no wifi das multidões digitais da eterna puberdade
dependendo das aceitações dos outros um smile sorrir ou outro chorar
ansiosa espera da visualização ingrata sem chegar mesmo online
afagam tristezas os olhos abismais fatais para si mesmos
borram rostos artificiais maquiados para segurar a noite
até os vazios invadirem com todo o peso do limbo do universo levando corações deixando televisores
neste nada no buraco do peito há jeito até para a morte
o purgatório do corpo leito vai virando vários paraísos sem torres e começam os odes
sorte é para amadores a não mais se conectarem sozinhos criando altares endeusando até desconhecidos vizinhos
depressivos ninhos da não aceitação onde o outro é uma sobreposição de nós.
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