caem corpos cauterizados calados quando precisam reagir
age a língua pelos dedos sangrando haja o houver sem partir
aliados armados sempre preparados para atirar até fogo amigo a
sorrir
o perigo da paranoia da autopreservação é a extinção do outro a
parir
causas perdidas aturdidas nos mimimis diários sem progredir
vários jeitos de lidar mas a palavra conciliadora não chega aos
dedos
os lábios não se movem nem as pernas somos donos de um só brinquedo
sujeitos ocultos vultos avulsos de um revide
um palpite da sombra derradeira do nosso desejo
acervo escondido de etiquetas eus perdidos nas sarjetas com violentas
gorjetas para comprarmos nossos venenos e justificar nos atos teimando ao
respondermos “no que você está pensando?”.
+Às 08h59,
Rafael Belo, terça-feira, 20 de junho de 2017+
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